Aos mergulhados no mundo vermelho

Aos mergulhados no mundo vermelho
Sejam bem vindos ao centro da minha alma

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Escrever é se esvaziar, jogar pra fora tudo aquilo que está incomodando e fazendo mal.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Sem postagens novas para ler hoje

Ninguém bloga mais... 
Não tenho o que ler quando o mundo me assusta, não posso mas me encontrar dentro das outras pessoas, não posso mais achar meu vazio dentro de outros corações...

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

O cara na grade

A vida termina exatamente onde a vida começa.
Entendeu?
Por que tanta gente se mata?
Uns se matam com a morte e outros se matam na vida.
É um suicídio perpétuo.

Eu não quero falar de mim, quero falar daquele cara de olhar vago encostado na grade do pátio de hospital que fumava um cigarro atras do outro não se importando com nada, não pensando em ninguém.
Talvez tentando soprar seus "demônios" junto daquela fumaça toda.
Ou será que ele pensava? Pensava no que se perdeu, no que se ganhou, na vida que tem ou na vida que teve, ou mesmo nos dois em paralelo. Será?

Você mesmo que está lendo agora, olhe para fora de sua janela, fixe seu olhar em alguém do lado de fora, estude essa pessoa. Pensou no que tem na cabeça e no coração dela? Se ela tem medos, sonhos, esperanças ou desesperanças. O que será que tem lá? Será o mesmo que você tem ai?

Cada pessoa é diferente e única e nós passamos pela vida apenas reparando o "EU mesmo". Não é estranho?

E se pudéssemos ir além do "EU"?
O que veríamos? Esse senhor encostado na grade, acho que ele viu além do "EU" tantas vezes que não consegue olhar mais nada. A vida dele parece não existir. E ali, o observando de longe pareceu-me ser a única a notar sua presença magruça de encontro àquele ferro frio.

Também ele não me notou. Com seu aspecto cansado, de corpo e mais de alma, permaneceu ali, cigarro após cigarro deixando que a fumaça levasse seus minutos de vida com o vento e, quem sabe, levasse também sua percepção de tudo aquilo que sabiam os seus olhos.

Chegou minha vez de entrar para a consulta, eu quis fotografá-lo para que vocês pudessem NOTÁ-LO mas tudo que veriam se resume nessa imagem achada aleatoriamente na internet:


sábado, 10 de dezembro de 2011

Árvores

Por que eu não sou mais forte?
Ou mesmo por que eu não sou mais fraca?

Queria nem sentir essa ventania que me arrasta.
Ficar fincada no chão, absolutamente inabalável e indiferente à ela.
Ou ir ao extremo de quebrar logo ao meio de uma só vez.
Melhor sem essa postergação de dor que não acaba.
Conseguir ou morrer de uma vez, simples.

To cansada de ser a árvore que enverga mais não quebra.
Batendo no chão de cá pra lá, me ralando e sangrando sem que haja piedade.

Ambientalistas que me perdoem mas agora eu
sou à favor do corte de árvores!

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

É tão fácil magoar as pessoas e depois pedir perdão.
Acho que o ato de pedir perdão abre as portas pra maldade.
Se não houvesse redenção não haveria tanto pecado.

No fim o difícil mesmo é perdoar, dizer que perdoou é fácil mas o que fica lá dentro te machucando e nunca some, vive eternamente dentro de você pra sua eterna perdição. Então só para dar a vã impressão de que sua alma foi remida por aceitar um pecado que não foi teu, que foi contra você. Te feriu, mas você TEM que perdoar para ser perdoado por você mesmo e por mais alguém pra quem você precisa provar que ainda é bom mesmo nunca tendo sido mau.

A vida é um bolo de coisas não é?
Gostaria de banir o "perdão" da minha existência mas de maneira bem confortável para mim.
Gostaria de ser sempre perdoada e nunca pedir perdão. Certo isso é muito egoísta não é?
Acho que não. Eu erraria sempre, só comigo. Eu nunca magoaria ninguém, nunca mais veria ninguém nem falaria com ninguém. Nunca pediria perdão e seria perdoada por viver na solidão.

A vida é um bolo de coisas... Ainda bem que não cabe à mim desembola-las.

sábado, 3 de dezembro de 2011

Indo dormir... De novo

Me dei conta que quanto mais tempo passo acordada mais tempo fico sentindo dor, sofrendo, me rolando pelos cantos.
As vezes a gente espera que "dormir" seja eterno. 

Sei lá é tão fácil, desaparece com tudo em um instante. Mas ai a gente acorda e tá tudo aqui, nítido, fluorescente de queimar a vista.
Ai a gente vê que dormir é analgésico contra a dor. É solução temporária, apenas um paliativo para o problema.

Eu me sinto meio jogada na parede agora, estou indo dormir, já passou da meia noite.
O mundo pesa nas minhas costas.
Eu dormi o dia inteiro, praticamente, e mesmo assim eu tenho sono para a noite toda.

O mundo pesa, isso cansa. Deve ser dai que vem esse sono todo.

A minha vida se traduz nessa imagem

Me deixe apenas morta

Eu não tenho sonhos, nem desejos, nem vontades.
Nada grande ou pequeno me é querido seja de passagem na minha mente ou de eternidade no coração.



É tudo uma caixa vazia, grande o suficiente pra me fazer sentir extremamente só lá dentro e apertada demais pra me fazer viver em constate sufocamento.

E eu vou ficando aqui, morta no chão, vou olhando as pessoas vivendo suas vidas, fazendo suas coisas, tendo escolhas, andando pela vida.
E eu quieta, calada, parada, sem escolha nenhuma
.
E se eu lamento é só as vezes que me sai à escapar algum grito ainda perdido bem lá dentro da minha alma. Algum gemido burro que ainda não se deixou sufocar. Sim porque é burrice lutar contra isso.
O de melhor que faço é ficar bem quietinha, sem gemer e sem chorar, sem me mover e sem contestar.

Assim talvez a angustia não me assole, se eu tratar todo mal com aceitação talvez assim ele me deixe ficar quieta na minha, sem me cobrar a multa da dor, sem me atordoar com os turbilhoes de lamentos, sem falar um monte na minha cabeça me deixando pensar que enfim estou mesmo surtada.

Se eu ficar quieta, se eu for apenas espectadora da vida talvez assim eu continue apenas morta sem ser lançada ao fogo do inferno.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

E que se foda a vida.
A vida como eu vejo, tudo perdeu o colorido...
Eu fico olhando a vida passar e me dá um desespero, uma inquietação que me muta.
Só posso ficar aqui com meu silêncio à observar e invejar sorrisos de terceiros.

Aprendi...

Não estou viva se não estiver vivendo.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Só mais um

Mais um dia que acaba e eu não vivi.
Dessa vez eu fui derrotada pelo desanimo, dessa vez foi como todas as outras vezes.
Só mais um dia a menos para se viver.
Eu não devia reclamar mesmo, de tudo mereço e por tudo agradeço.


segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Stop?

Algum remédio anti monotonia?


Viver é ser artista.
Artista pra encenar os sorrisos que a vida pede.

Só mesmo fingindo é que sai o mais honesto dos sorrisos.

Eu penso que ando por ai arrastando duas pedras amarradas em cordas, eu as tenho presas firmemente em minhas mãos. Sinto minhas mãos coladas à elas e penso em como seria fácil apenas largas os dedos e me livrar de tudo isso que me pesa, que faz meu caminho tão pesado e tortuoso.

Eu penso também o porquê delas continuarem em minhas mãos se eu sei que devo largá-las.
Seria tão simples me livrar de tudo, tão fácil. No entanto...

Penso que sou mesmo boa artista, meio palhaça de circo, escondendo sempre minha dor atras de uma maquiagem de sorriso.

E se um dia no espetáculo chove e meu sorriso derrete?
Ai de mim o que vai ser? E se o meu sorriso derreter?


E eu conto o tempo e conto as horas e me agarro ao relógio esperando acontecer.

E quando viver dói? Ainda assim se vive?
E quando só você sabe por mais que você explique... A palhaçada continua todos os dias mesmo quando não há circo e nem razões para dar risadas.

Como se termina algo que não se iniciou?

Resposta?

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Eu não consigo

O que você faria no meu lugar? Você estaria vivo ainda no meu lugar?
As vezes eu penso como eu ainda não morri. O que me mantém respirando, porque viva eu não estou.
Todo mundo está nervoso aqui em casa, o ódio sangra pelas paredes e portas.


Minha cabeça é um campo de guerra. Cheira à pólvora, lama e sangue. Tem muitos barulhos, gritos de dor, gritos de raiva, gritos de medo. Tem muita morte, muitas dilacerações, muita covardia.
E tem a essência da guerra: a total falta de paz.


Minha família fede à urina podre.
Eu não sei mais viver nessa podridão.

Existiram dois caminhos desde o início: ficar e morrer ou ir e morrer.
Os dois davam no mesmo lugar sendo que um era mais cansativo que o outro...
Mas quem ligou se o final foi sempre o mesmo?

As vezes eu quero somente respirar e não consigo puxar o ar.
As vezes eu quero olhar o céu e não consigo levantar a cabeça.
As vezes quero desabafar e não consigo dizer uma palavra.
As vezes quero sair e não consigo não ter medo.
As vezes quero ficar com quem me faz bem e não consigo não machucar.
As vezes quero amar e não consigo não sentir raiva.
As vezes quero sentir carinho e não consigo receber.
Sempre quero sorrir mas não consigo mais ser feliz.



quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Cansada

Sinto meus tornozelos quebrados.
Cara, será que não posso descansar um pouco?
Que raiva de tudo, que raiva!

 "Piu í Piu á, não precisa empurrar, porque eu sou pequenininho e só ando devagar".


Mais um dia e mais uma noite sem descanso, direto no trabalho braçal que em nada deu, em nada dá, em algo dará?


você tá se afogando comigo, tá indo à piquê o meu navio. Você não vai ir comigo, eu preciso de você fora d'água, em segurança. Eu vou morrer por isso.

Furiosa

Gostaria de ter uma consulta com o psicólogo hoje. Queria mandá-lo à  merda pra ele saber onde eu estou.
Na verdade estou mandando todo mundo pra esse lugar, à merda todos e pronto! Isso satisfaz algo? Porra nenhuma. Há cada dia sinto mais raiva e sou mais e mais intolerante com as pessoas.

Meu humor vira como o clima no Rio de Janeiro, um escaldante sol e do nada trovões, raios e chuva forte.
Eu não sei mais como lidar com nada. Nada faz sentido, nada encaixa com nada.
É como se eu tivesse centenas de peças de quebra-cabeças diferentes nas mãos.

Um bolo de raiva e nada mais. É o que eu estou me tornando.
Eu não sei mais de nada, tudo é errado, tudo dá errado.
Acho que a vida acabou só que ainda não me avisaram direito.

Me sinto um morto, afogado em banheira por livre e espontânea vontade.
Só estou ali boiando à espera do encontro de meu corpo inérti debaixo da água, completamente sem vida com verdadeira aparência cadavérica digna de uma morte por afogamento.

Afogamento é falta de ar, falta de ar nos pulmões... Afogamento voluntário...

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Em guerra

Eu sempre me julguei covarde demais para cometer suicídio. Agora esse debate em mim, já que sou covarde demais pra aguentar essa "parada".

As duas idéias entram em guerra na minha cabeça. Eu acho que não, acho que não. Até quando vou achar que sou tão covarde para me livrar do meu problema?

Ele anda me acuando, me coloca coisas nas mãos. Coisas que eu não peço, que eu não pego.
Coisas que machucam.

De repente estou com um garfo à "acariciar" meus pulsos com "meiguice". Sinto espetar, de onde veio esse garfo?!
E meu namoro de passar a ponta dos dedos nas pontas das facas. Ponta por ponta, justiça seja feita nem todo gume é igual.

De onde vem isso? Isso não me faz querer morrer. Isso me faz pensar que a morte pode ser aceita por mim um dia, não sei quando, mas pode.

É só uma questão de esperar e ver quem vencerá a guerra. Se o terror vencer à covardia muito sangue vai rolar. Muitos iriam perguntar porque mas esquecem de pensar na possibilidade dessa pergunta não ter sido respondida nem pra mim então porque para você?

Ps: Não é porque deixei você ler meu blog que vai ficar se deprimindo junto comigo. EU NÃO VOU ME MATAR!

domingo, 25 de setembro de 2011

Stop walking

Aí eu levantei da cama pensando "quer saber preciso de um ar, um passo de cada vez. Vou dar uma voltinha com o cachorro porque hoje me sinto um pouco melhor".

Quando eu voltei, alegação, já estou boa porque sai com o cachorro. Começa o discurso de minha bela e linda encenação e ganho mais um Oscar de melhor atriz pelo dia de hoje, sou muito boa em fingir que estou doente. Então tá, eu não me esforço mais, já que dar um passo de cada vez não basta não dou mais nenhum.

Afinal de contas isso me poupa trabalho, sempre tenho q fazer um tremendo esforço pra tudo. Pelo menos assim não canso meu cansaço já que meu ânimo está de viagem, férias longa, sei lá se ele vai voltar. Mas como dizia Cazuza "O mundo acordar e a gente dormir, dormir
Pro dia nascer feliz"

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Férias de mim

Vou dar umas férias à vocês.
Ninguém merece ralar seus joelhos por outra pessoa.
Vai fazer bem, um descanso à minha mãe que fica me velando no quarto,  me sinto com o pé na cova.
Uma boa pro meu pai que acha tudo muito bem fingido e um tremendo comodismo meu, eu sou muito talentosa.
Pra minha irmã caçula e pra Friih menos ignorância e maus tratos, por um tempo serão felizes sem sentir a pedra furar-lhes o pé.
Aos amigos que destrato uma festa pra fazer. Um tempo sem mim é algo que eu mesmo comemoraria se pudesse.
Vou ficar só comigo uns dias, sei que lá não vai ter pessoas então eu terei um bom cobertor e uma cama macia pra treinar meu esporte favorito, campeonato de sono.
Estou cansada de magoar as pessoas e deixá-las tristes, cansada de deixar meu cão nervoso, de tragar-lhes para dentro desse mundo de sangue onde só eu devo ficar.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Eu não vou sair hoje

Eu já não estava com fome. Não comi também de pirraça.
Como pode dizer que sim e depois dizer que não?

Isso, ahh, isso não é honesto.
Eu ia sair mas acho que vou ficar em casa.
Jéssyca vem ai, ia apresentar um amigo à ela mas...
Se já não tinha animo eu não entendi o que minha mãe me tirou.

Eu sei que ela se esforça mas também não é fácil pra mim, eu vivo cheio de dedos, pego a vida pelas pontas com muitos "cuidadinhos". Eu vivo no varal pendurado em pregadores, que cacete de vento forte!
Fazer o que? Eu fico aqui no meu quarto com ela, minha amiga, segurando meu Sorriso entre os dedos, apertando e torcendo pra ele piscar e acender. Sorriso é minha bolinha que ganhei de presente da dona da lojinha de sorvete. Ela disse que ele me faria feliz, tive que chamá-lo de Sorriso mas é um bom eufemismo pro modo como realmente me sinto.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Entrem, a porta é pequena mas quem tem bilhete passa na catraca.

Hoje eu acordei e tomei uma decisão. Eu vou dividir meu pequeno e vermelho mundo com algumas pessoas.
Por que? A pergunta certa, primeiro, é: por que eu fiz esse blog?
Eu fiz porque eu queria guardar raiva, sentimento muito presente na minha vida, queria guardar a mim mesmo pra ninguém ver, era uma auto preservação. Quis o que? Quis ser sozinha aqui, nesse pedacinho de "papel" virtual.

Mas eu quero dividir, não sei porque não. Espero não me arrepender. Espero muito continuar podendo escrever minhas raivas e coisas ruins nesse meu mundinho mesmo sabendo que certas pessoas podem estar lendo.

A verdade é que me sinto um pouco O Pequeno Príncipe. Você já foi criança e lembra não lembra? Era um menino que vivia em um mundo tão pequeno que ele podia dar a volta nele todo em um dia. Na verdade várias voltas. Um dia durava uma hora. Eram vários dias em um dia só. Ele vivia sozinho com uma flor que ele cuidava com o maior amor do mundo, sem ela tudo seria solidão.

Pois assim é esse meu mundinho que eu pintei de vermelho, faz tempo que aqui eu vivo, aqui eu durmo e aqui acordo querendo dormir novamente. E eu te convidei para entrar e para sair ok? Não é bom viver aqui, eu quero que você viva em um mundo REAL. Eu te convidei porque você me tocou de uma maneira especial.

Na verdade eu convidei você e mais 4 pessoas. Vou falar de cada uma delas, inclusive de você. Não se acanhe, só quero que saiba como ganhou seu passe de entrada pro meu mundo.

Bom, são 5 pessoas ok? Você e mais 4.


A primeira é a minha irmã Rafaela, ela tem 15 anos e não me entendia muito. Ela não me entende ainda e não vai me entender nunca, eu sei. Eu digo que ela não tem maturidade pra uma coisa assim. Sempre que tento conversar com ela sobre isso brigamos porque ela não se conforma com a minha impotência, é difícil ela entender que eu não consigo fazer nada. Só consigo dizer algo à ela quando ela me vê em prantos mesmo e quer me acalentar, então eu digo o que quero e ela não diz nada, só escuta. Eu queria muito que ela só escutasse sempre mas todos nós precisamos falar e eu não sou tão egoísta a ponto de não considerar isso. Não sou ainda.
Bom irmã você está na lista porque você me ouviu, as vezes... Mas esse "as vezes" tu não tens ideia de como foi importante pra mim. Obrigado por tentar.

A segunda pessoa é a pessoa que eu amo! Ela mora em Sampa, tem duas gurias que chamo de minhas e regula tão bem da cabeça quanto eu \o/
Inês, uma injustiça eu não ter dividido isso com você antes. Cara, quem recebe todas as minhas malcriações, palavras malvadas, agressões verbais, tudo e tudo é você. Você é A amiga.
Esse é meu espaço frustrado, é um toque pra você e pros demais. Aqui não tem coisa boa, eu falo mal de tudo e de você muitas vezes, não porque eu te odeie mais que as outras pessoas quando estou "down", você é a mais afetada, com várias postagens falando mal da nossa relação de amizade e tudo, pelo fato de que é a ti que tenho sempre do lado quando estou estressada. É você que fica quando eu grito que sai. Você é teimosa e me ama e pra você que se dane eu mandar te danar não é? Você só não me quer sozinha.
Eu já adianto desculpas pelas minhas palavras ruins à você, foi um desabafo de momento do meu coração maluquinho. A verdade é que eu te amo muito e você tá aqui nessa listinha exclusivamente por nunca ter me deixado ficar, de fato, sozinha. Você é a florzinha do meu pequeno mundo, a flor que nem sempre reguei, nem sempre cuidei, que murchou por causa disso mas estava sempre lá, não importava o que eu fizesse estava lá. Obrigada por estar sempre lá.

A terceira pessoa é um menininho que eu quase não vejo, quase não falo mas nossa ligação sempre foi muito forte. Uma amizade assim que fica ali na nossa gaveta e que, muitas vezes nem sabe que tem, mas tem.
É um irmão de coração esse Leleco. Eu estava tão sozinha e me abri com você e pra minha surpresa você me escutou. Sabe, todo mundo quer me entender mas eu, eu só quero ser ouvida e você fez isso. Não me deu conselhos estrondosos, não me criticou nem me achou maluca. Você disse que queria me ver pra matar a saudade. Me vendo você vai matar minha solidão também sabia? Estou louca pra te receber.
Você tá na lista porque você escutou sem querer entender. Por não me criticar e apenas dizer: Eu estou aqui.
Obrigado por escutar.

A quarta pessoa é minha amiga desda sexta serie. Jéssyca. Nós tinhamos nojo de beijar na boca até os 13 anos, depois viramos maniacas sexuais kkkkkkkkk
Ela já surtou uma vez, eu não estava lá pra ajudar ela quando isso aconteceu. Eu também me sentia mal mas fico extremamente feliz porque ela melhorou, a família dela ajudou e hoje em dia ela tá completamente curada. Ela sim me entende. Ela já passou por isso. Ela já sentiu o medo que eu sinto, quem quer ficar maluco? É o que se sente. Até onde vai a sanidade? Que pesadelo é querer dormir dias inteiros... Você sabe não é amiga? E você me apoia, apesar de só falarmos, desculpe a expressão, putarias no MSN lol
quando precisamos falar serio estamos juntas, ali, depois de anos e muitas amizades desfeitas estamos até hoje como nos nossos 13 anos, nada mudou... Exceto o nojo do beijo kkkkkk
Você está aqui porque você viveu em um mundo tão horrível quanto o meu e sabe como é sofrido. Você não me diz que tenho que me esforçar, não me diz que eu preciso sair disso. Você sabe todas as perguntas sem respostas que a nossa cabeça faz repetidamente 1 milhão de vezes por dia. Sabe a confusão dos pensamentos, a incompreensão das pessoas que, mesmo te amando, não podem te ajudar de maneira correta. Você tá aqui porque você esteve no meu mundo. Obrigado.

A quinta pessoa é você, sr° Rodrigo. Meu psicólogo. Eu não sei se você vai ter tempo de ler um blog de uma paciente porque tem muitas pessoas pra ajudar. Mas eu te dei o link da mesma forma e te dei porque não te considero só meu psicólogo, como friamente disse em uma de nossas primeiras consultas, eu disse "eu falo pra você porque não temos ligação nenhuma, nenhum laço de amizade". Isso não foi legal, mas realmente não tínhamos. Você trabalha no sistema público e faz das tripas coração pra ajudar à todos nós, não sei se posso te chamar de amigo mas sei que tenho grande consideração por ti.
Ahh e você também foi vitimado em alguns de meus momentos de raiva em algumas postagens, desculpe. Mas acho que você vai entender melhor do que eu posso explicar  =P
Você está aqui porque disse que não ia me deixar sozinha e eu confiei em você. Obrigado.



Agora, bem, eu tenho certeza que nem todos de vocês lerão o meu blog. Alguns vão esquecer, alguns vão ler somente esse tópico, outros lerão esporadicamente mas eu sei que uma pessoa vai ler ele todinho desde de o início. E sei que ela sabe que é dela que estou falando.
O importante mesmo não é vocês lerem e muito menos mesmo entenderem. Eu só queria que vocês soubessem o quanto foram importantes pra mim nesses últimos muitos e pesados meses. Que a minha raiva, tédio, ingratidão e desdém não fez nenhum de vocês virar-me as costas. Então, só queria mesmo dizer um grande

OBRIGADÃO GENTE!

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Dessa vez acho que vou mesmo, pelo bem de vocês

Eu sou um ser desprezível. Nunca me odiei tanto quanto agora. Não sei porque choro se quem sobre é quem leva suas lambadas de mim.
Eu te disse coisas horríveis, eu quis que o mundo explodisse, eu bati no meu melhor amigo, no meu único amigo. Ele estava feliz ao me ver e eu o deixei com medo nos olhos quando sai.
EU SOU UMA MERDA!
Eu desejo a amarga morte pra poupar sofrimento a estes poucos que me amam. Eu não mereço nada.
Descobri que Deus dificilmente vai me salvar. Só um milagre muito grande. Acho que hoje vou dar um longo passeio, não sei se vou voltar. Talvez eu ache um lugar para dar paz à quem fique e não à quem vai.
Eu vou sair e não vou voltar, talvez seja vítima de alguma fatalidade ou mesmo seja somente mais um rosto em cartaz de desaparecidos.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

A minha novidade: *PS*

Só preciso ficar 5 dias sem dormir. Não é nada comparado ao pesadelo que isso é.

AAAHHH GRRRRR

Não pensei que houvesse nada mais assustador no mundo do que uma crise de pânico mas há: Paralisia do Sono.
Eu vou surtar dessa vez, que desespero. Por que não posso respirar? Não posso me mover, é tudo um desespero pra acordar de verdade.
Eu odeio tudo isso, sempre mais um problema, sempre mais.

sábado, 10 de setembro de 2011

Primeiro psiquiatra

As vezes penso na palavra "ânimo" e com esforço tento me lembrar de como é esse sentimento.
Psiquiatra parece um louco. Ele disse que ia cortar meus antidepressivos, eu disse: o que eu faço com a tristeza?
Ele nem me olhou ao responder: O mundo é triste minha querida.

Sei lá, ninguém gosta dele, meu primeiro psiquiatra e todos os pacientes na fila o maldiziam. Ele tem mesmo cara de louco, não sei se todo psiquiatra é assim mas esse é, é sim!

Cortou meu Rivotril e meu Amytril, meu amigo Amytril de longa data... Enfim, carimbo na receita: Diazepam!
Sempre achei que só os loucos bem surtados tomavam Diazepam, agora eu estou no topo da pirâmide, sou paciente da ala hospitalar SAÚDE MENTAL.

O que sou eu? Uma caixinha de sonhos. Vivo dentro deles, indiferente ao mundo e a vida que segue seu curso enquanto eu durmo e durmo. Vida que não vivo.
Meus sonhos são tão estranhos, sempre com ventanias e tornados ou então com muita gente morta, mutilada cruelmente, muito sangue, sempre sonhos horrorosos que nem me assustam mais. Eu durmo e acordo, durmo e acordo e estou sempre no mesmo sonho recheado de tragédias.

Eu não sei mais o que fazer, não sei mais pra onde ir ou à quem recorrer. Diazepam, Diazepam, Diazepam...
Preciso fixar. Preciso dormir. Odeio gente, odeio acordar, odeio dormir e odeio solidão.
Boa noite pra vocês, não se esqueçam de regar seus vegetais.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Nas noites, quando todos os pássaros dormem, sou só eu e as estrelas.
Eu gosto de olhar as estrelas, são tão pequenas olhando daqui. Tudo é uma questão de perspectiva.
Quando olho daqui elas parecem estar tão próximas uma das outras mas a verdade é que estão muito afastadas, distancias enormes de afastamento. É tudo uma questão de perspectiva...

Acho que desenvolvo uma alergia à seres humanos. Uma vez que chegam perto eu me torno empolado.
E vem aquela coceira que me irrita, me desagrada. Quero todos longe de mim.
Se pudesse me mudava pra uma casa no meio do mato. Nem meu cachorro eu iria levar.
Ele me odeia, tem dias que me trata bem mas na maior parte do tempo ele me morde, me arranha, me fere de alguma maneira e é só comigo.

É tão frustrante saber que nada mudou. Isso mata o pouco de esperança que eu guardava na gaveta de meias. Minha naftalina.
Acho que o bom mesmo é viver sozinha, com meus fantasmas e medos. É, estou muito bem assim. Pra que ficar lutando numa guerra já perdida?

O gosto de sangue, minha língua afiada anda cortando minhas gengivas.
Eu não sei porque preciso conversar com alguém, não sei. Por que de repente agora todo mundo se preocupa?
Devem querer se safar da culpa de terem deixado a pobre menina surtar sozinha.
Cada dia é uma viagem sem destino. As vezes vou ao céu, as vezes no limbo, já passei pelo purgatório mas eu sempre volto para a minha casa.
É onde tudo começa e tudo termina. Algumas coisas precisam terminar.

É meio estranho ter um blog pra desabafar as coisas ruins. Minha vida, em defasagem, me faz entrar num casulo onde só cabemos eu e a solidão.
Não quero abraços, mimos, carinhos. Não quero nada.
Aliás quero sim, quero toda raça de antidepressivos e ansiolíticos de que eu tenho direito.
As vezes, como agora, desejo dormir sem parar. Costurar minhas noites nos dias pra não precisar sentir essa dor que é despertar.

De noite é bom, uma paz, um sossego...
Já somos grandes amigos, eu e você, querida solidão.
Tanto tempo passamos juntos e aprendi a conviver contigo. Tu que deitas na minha cama acorrentada a meus pés. Como posso me levantar assim? Ninguém entende essa prisão. Eu entendo.
É o meu silêncio que choca. Ando muito em silêncio. Eu vi que ele sufoca as pessoas a minha volta.
Quem cala a minha boca? Nem sempre eu respondo o que me falam. Eu olho, revejo a vida e parece que ela só piora. Estou cada vez mais sozinha. Não existe solidão que te deixa com saldo negativo? Eu não tenho nada, ninguém, como posso ser mais sozinha?

Não sei, talvez eu deva processar alguém por isso. Vivemos num mundo em que cuspir um chiclete em alguém é maior crime do que matar então posso processar minha solidão por cuspir na minha cara e grudar em mim.
Que idiotice, não estou falando coisa com coisa. Aff. Chega.

domingo, 4 de setembro de 2011

Pedido de desculpas

Eu me sinto suja.
Pensei, não fiz. O pecado começa com o pensamento.
Essa chave do diabo, eu quis passá-la adiante quando o problema não era você, era eu.
Desculpas à ti, meu cachorro Dominó, eu vivo dias ruins em que não suporto nem você mas mesmo sabendo disso você não sai do meu lado nem assim. És o mais fiel dos amigos e eu, a mais imunda do mundo, que queria me livrar de você. Eu não te entendi no início. Você estava me enchendo o saco e eu queria ficar sozinha mas você queria que eu soubesse que eu não ia ficar sozinha nunca porque você não ia deixar.
Obrigado.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Longo demais

Penso. Só lamento. Meu mundo é uma bola de papel.
Todo fragilidade, rompendo-se com a água que as vezes sai de mim sei lá como e porquê.
Tudo fraco. Alguém me explica o que é um abraço ou um beijo, um carinho sequer?
Me esqueci há tempos, talvez por falta de treino.
Ah esqueci de falar de meu cão. Ganhei há quase três semanas. Agora? Quem disse que cães ajudam em terapias mesmo? Ah! Bem ele morde e rosna pra mim agora. Mal posso tocá-lo. Não era assim. No início eu o tocava e abraçava, eu senti seu carinho e fiquei animada. Meu psicologo disse que eu estava com uma "carinha diferente" naquela semana. Eu amei o cão e o cão me amou. Agora ele descascou minha casca e achou azeda. Quer me ferir, eu o deixo me ferir. Não o quero mais. Cães são uma droga. Foi a pior coisa da minha vida.
Agora tenho que esquecer ele. Eu falhei em meus ensinamentos de bom cão. Não sei que drogas dei àquela vida canina só sei que ela quer me destruir. Se não for por fora, mordidas e arranhões, será por dentro. Mas para um intestino costurado que mal faz mais uma perfuração?
São todos pontos de uma mesma agulha, no fim é isso.
Meu rivotril, doce veneno você foi. Acabou comigo heim amigo? Me deixou na mão. Arrancou meus dedos para que eu não me agarrasse a vida com unhas cumpridas..
Ahh solidão que gosto familiar você tem. É mais família do que a "família" que nem nota como eu estou. Ou notam?
Fadigada. (suspiro)
O que fazer? Somos só eu e você, meu querido blog de solidão. Somos nós três: você, eu e a criança. A noite é uma criança muito chorona. Preciso de muitas chupetas, muitas mamadeiras, muitos peitos e mamadas. Consolo para seus olhinhos irritados pelas lágrimas. Criança estúpida. Como eu te quero.
Sou amante de minha própria solidão, ou queria ser.
Acostumei? Não gosto mais de ter pessoas, pessoas me irritam. Acho que vou mandar uma carta ao presidente pedindo, piedosamente, minha troca de espécie. Acredito eu que um parasita seria bom. Viver as custas dos outros sem nada fazer em pró de coisa alguma.
Minha mãe diz que é moleza, eu nasci meio caracol. Maio é o mês da preguiça, eu não me manco nunca.
Queria converter minha noite em dia, queria viver essa noite sozinha. Eu quero esse silêncio para meus soluços, pára meus soluços...
Os dias são doídos mas tenho boa anestesia e o preencho com a cor negra de meu sono mais pesado, meu sono mais comprado, um fármaco perfeitamente exagerado.
Sei lá se todo poeta é louco ou se todo louco é poeta. Me sinto meio poeta nos meus momentos de vala. Parece que na lama entendemos mais de mais. A lama é o barro molhad, lágrimas de Deus de onde moldados nós nascemos.
Não para as pessoas, não para os cães, não para a solidão, não para com alguém. Com quem então?
Sem amigos, sem lamentos, com lamentos, sem amigos. Eu quero ou não o abraço, o afago?
Eu as vezes olho pra cima e vejo terra, muita terra. Me pergunto se não fui sepultada já em meus sete palmos prometidos. A vida é uma promessa da morte.
Escrever é fácil, sentir que é o difícil.
Esse será meu tópico mais longo, a maior postagem, ninguém vai ter paciência de ler.
Foda-se! Foda-se é muito melhor que o que eu tenho. Ah uma foda agora... Que lamento displicente.
Só queria que não fosse assim tão ruim. =|
Ninguém repara de que forma o vento sopra, de que forma o mundo se move debaixo de nossos pés. Que vamos com ele, sem escolha, reféns do mundo, reféns do castigo e da punição.
Meu mundo vermelho, tu és de papel. Com meu lápis inteiro te rabisco as belezas que vem junto com a minha solidão.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Hoje... Sozinha por opção

Existe diálogofobia? Eu acho que sofro desse mal.
Odeio cada vez mais conversar com as pessoas. Palavras inúteis de mentes egoístas e/ou quadradas. Aff, me cansa. Não sei, me sobe uma agunia, me é doloroso manter uma conversa por longo tempo. Com minha família estou me limitando a "aham's" e "não's", esse tipo de resposta curta.
Eu não quero conversar, eu quero ficar sozinha e pensar sozinha. Odeio as pessoas.

Eu

Eu era um ser para a ciência estudar. Sou toda revestida de uma camada de escamas finas, uma pancada faz rompe-las com facilidade. Era todo meu corpo de cascas e por dentro eu era só feridas.

sábado, 20 de agosto de 2011

Terceira visita ao psicólogo

Ele me encaminhou para a drª Rosa e ela me passou Rivotril e Amytril.
Me sinto um pouco melhor. Quase não posto mais, peguei nojo do pc. Não sei porque...

terça-feira, 9 de agosto de 2011

O valor de uma palavra

O que seduzia os homens para a morte?
Estou proibida de pensar sobre coisas essa semana.
Será que posso ao menos pensar em onde procurar esse meu botão de desligar?

Um ser miserável, o que fazia de um ser miserável? Desconfio que seja a solidão. Não a solidão de estar sozinho mas sim a solidão de não poder deixar de ser sozinho.

O que eu era? Sou toda sentimentos? Detesto sentimentos! Como nos tornam fracos e quebráveis em suas mãos acolchoadas.

Tem duas frases que me vieram a cabeça hoje e eu não queria esquecer.
Pus-lhas em meu celular. Não vou por aqui, me sinto egoísta agora, elas são só minhas.

Minhas palavras são meus diamantes extraídos de milhões de anos sobre o calor do sub-solo. Por que devo eu dividir se somente eu sofri para gerá-las?
Palavras geradas sob o calor... Palavras escritas com água secam ao vento, o vento está lá fora. Aqui é seguro, aqui tudo é vazio.

Minha vida é um engasgar de comprimidos que tornam meus dias aceitáveis somente ao ponto de me dissuadir da atração do fim da vida. Eu taxo como minha "meia-vida". Sim, é isso. É minha metade de folego.

Tudo tão desanimador... Aiaiai...

Eu quero que amanhã seja diferente de hoje. Que o dia siga seu curso e me leve com ele, sem me assustar com o vento nem me prender em seu carcere. Quero ver o relógio andar, que meus minutos não me ralem os joelhos no asfalto quente do meio dia.

Não sequem palavras, que Deus nos proteja desse vento.

Uma frase que diz tudo

"O tempo não pára".
Mas as vezes as pessoas paravam no tempo.

O tempo, esse ser sem forma, assustador e dono de tudo toma emprestado, em muitas pinturas, a forma de um relógio.

A pessoa parada no tempo, eu. Me pergunto se meu relógio quebrou ou se apenas me prega uma peça.
Zombaria sim, é um relógio de circo, palhaço, tem seus ponteiros virados ao contrario. Não é uma exata marcação de horas, minutos ou segundos. Seus números misturados fazem dele o dono da minha vida.

Como entender? Meu psicologo disse para eu não pensar e sim sentir. Ele não me ensinou-me tal façanha mas estou tentando. "O tempo não pára"... grande Cazuza...

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Sentir mais

Como eu me sinto? Eu tinha que sentir mais e pensar menos.
Eu me sinto sozinha, sem paz, sem vontade, sem objetivos, frustrada, triste, irritada.
Muito desânimo. Meus sonhos foram ceifados antes de darem broto.
Besteira, odeio esse blog.

¬¬

Ok, ai está como me sinto agora. Fiz minha parte.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Ao meu amor que está dormindo do meu lado =]

Ah amor, se você soubesse como me sinto te ouvindo respirar... Você é quem sempre me protege, quem sempre cuida de mim mas dormindo você é tão frágil, é a pessoa mais linda do mundo =]
Deitada do teu lado meus problemas parecem pequenos. Só você me faz sentir essa paz que é tão ausente em mim.
Você traz de volta meus sonhos, minhas esperanças, alegrias e, principalmente, a vontade, muita vontade de estar sempre do ladinho de você.
Sei que você não vai ler isso mas sei que você sabe a importância que tem na minha vida.
Você é a contradição de tudo que a vida me diz, são quase dois anos com você aguentando meus pitis e mesmo assim você nunca me nega as palavras "isso vai passar logo".  Eu acredito em você.
Eu te amo e obrigado por não me deixar sozinha aqui.


Confusão na minha cabeça

Besteira, eu penso, mas e se?
Ahh eu não sei, será?
Preocupo-me...

E se eu não me encaixar mais?
E se for um mal irreparável?
E se ninguém me entender?
E se ninguém conseguir me amparar?

Será que as coisas vão mudar?
Será que isso passa?
Será que dessa vez vou sair dessa vala?
Será que não vou estar mais tão sozinha?

Preocupo-me com o amanhã.
Preocupo-me com o vento lá fora.
Preocupo-me quando você está fora de casa.
Preocupo-me com o medo de ter medo.

Mais sozinha...

Eu estava ficando obcecada por janelas.
Eu não tinha preferencia, qualquer uma me atraía.
Era só parar na frente dela e fechar os olhos, não precisava ter vista bonita ou feia, era só sentir o vento no meu rosto. Aquilo me dava um arrepio tão gostoso, era todo um sabor de liberdade que eu, realmente, não sei explicar.



Faz tanto tempo que não saio de casa, estou vivendo em cativeiro fechado e sem direito a visitas.
Não seria mais livre do lado de fora de minhas janelas. Não é a casa que me prende, minha mente é minha gaiola.
Sinto que perco aos poucos a habilidade de me relacionar com o mundo.
Minhas ideias mudaram, meus conceitos também. Eu dou uma importância totalmente diferente as coisas e isso me destoa do resto do mundo. Eu não penso mais "igual" então eu não penso "certo".

Um exemplo é que antes eu achava a loucura engraçada. Eu tenho um primo que é louco, "louco de pedra". Ele fazia coisas engraçadas quando era menor. Ele quebrava as coisas, gritava sem parar, se jogava no chão e nós, eu e meus outros primos, morríamos de rir.
Parecia-me legal rir de um louco. O que era um louco? Era uma chacota ou algo bobo?

A loucura é todo um sofrimento sem medidas.É algo enorme de não caber em mente alguma. É um estourar de cabeça que faz você se arrepender de ter vindo a este mundo. É uma facada em cada dedo, lenta e dolorosa que te faz querer morrer.

Isso eu penso hoje. Meus amigos não pensam igual. Não somente nesse assunto, em todos. Eu mudei, eu não me encaixo mais nesse mundinho de papel higiênico que eles tanto curtem. Eu vivo em um mundo vermelho, é a unica cor existente. Esse mundo tingiu meu corpo e agora sou rubro também. Como eu vou me lavar desse sangue e voltar a viver me encaixando na sociedade?

sábado, 30 de julho de 2011

Meu suspiro

Meu buraco, só tenho à ti, meu buraco.
Por mais escuro que seja só essa cor está comigo.
Difícil definir a angústia, difícil é não reconhece-la.
Eu te odeio minha definição amarga, é só tu que não me deixas a sós.

Faz-me um favor, me deixa purgar em ti.
Se todo amargo sair enquanto nado nessa poça ai sim, ai sim eu estarei sarada de ti.

Ah que companhia terrível eu tenho, que abraço sufocante é você e que aperto forte tem seus braços que não me soltam por força nenhuma. E, ai de mim, quem me dera ter força para algo. Eu não tenho nada, nem força, nem fraqueza, nem a solidão de companhia, sou o vassalo desprezado pelo meu senhor.

Por que tudo é tão ruim? Nossa... É muita sacanagem com uma pessoa só.
Eu não quero mais te ver por alguns dias, preciso pensar mais em minha solidão. Solidão... Te tomo como amiga que é só mais uma resignação. Resignar e aceitar, é isso e só.

Ao menos tenho a ti, meu Blog. Páginas e mais páginas de auto desprezo, coisa de quem não tem sequer um amigo a quem falar. Vazio causado por palavras que existiram apenas para mim. Coisas que não ouso liberar a ninguém, coisas que ninguém saberia entender.

Sou apenas eu e você, meu Blog, e você é nada. Você é apenas uma página de papel imaginário, é um diário na minha cabeça que só eu sei que é meu.
Você é lido por alguns estranhos que tem certa afinidade com meus problemas, tão comuns no mundo de hoje. Nenhum amigo meu te lê, nenhum parente, nenhum pai ou mãe.
Nem tudo é como eu quero, as coisas são como elas são... Não me sinto bem aqui.

Eu preciso escrever ou minha cabeça explodirá. É quase literal sim!
Se esbarram, rosnam e se mordem. Pensamentos juntos, animais enjaulados na minha cabeça. Ai de mim quando essa brigar começar pra valer, não devo permitir. Saíam pensamentos, me deixem em paz, me deixem sozinha e quieta, eu só quero descansar de mim :(

Meus pulsos doem, sinto neles um tracejo que me implora pela libertação do liquido da vida.
Uma dor sanando a outra dor, por que não?
Penso...

"O tempo não pára" (Cazuza)


Viver e arrastar minhas correntes.

A vida não pode ser boa

Aquela era a causa de sermos todos consumidos.
Eu tentava mas não conseguia entender por completo.
Todos aqueles sentimentos humanos, tantos erros em um único ser.
Eu  via diante de mim uma enorme estrada com todos os humanos em fila caminhando nela, todos com seus rostos voltados para os próprios pés sem ligar para o chão em que pisavam.
Tomei como uma atitude inocente mas ninguém se virava, todos focados em si, nos próprios passos.


Eu pensava demais, isso me era uma tortura.
Ontem um amigo me disse no msn: "minha vida é uma droga, não tem nada pra fazer, estou entediado". Eu achei a atitude dele tão irritante que tive que falar: "nessa mesma hora que você está morrendo de tédio tem um menino com sua idade num hospital com leucemia sofrendo dores horríveis com o tratamento que o mantém vivo. Ele não pode ir pra casa, não pode nem comer porque sua boca está cheia de feridas. Ele nem sabe até quando vai viver mas ele daria tudo que tem no mundo pra ter somente tédio como você".
Surpreendentemente a resposta dele veio rápida com uma frase que me causou grande desprezo "se eu pensar nos problemas dos outros quem irá resolver os meus?"

Era humano, era tão NÓS que chegou a ser triste. Pessoas se importavam só consigo. Era ridículo que Deus ainda ouvisse nossas orações. Por que Senhor? Eu queria perguntar, porque ouvir os humanos, somos a merda da criação. Em verdade, somos uns egoístas.
A raça sem solução, nossa solução é a morte como a das pragas de plantações. Éramos as pragas da terra.


Me sinto tão velha, tão deslocada no meio dos meus amigos. Eles me parecem tão imaturos, parecem bestas se preocupando com a roupa que vestem ou com um artista de tv, se voltam com o ex namorado ou se compram um celular novo. São decisões tão importantes pra eles e tudo isso parece nada pra mim.

Eu passo meus dias pensando no mundo, em sua fome que não termina. As coisas me assombram. Tenho sonhos horríveis acordada e dormindo. Meus pensamentos vem tão rápidos todos de uma vez, se chocando na minha cabeça, me fazem ter vontade de deitar em minha cama e não levantar mais.

Antes de nascer eu não existia, as vezes me foco em lembrar seja lá o que for que tivesse havido antes do meu nascimento.
Não havia nada. As vezes quero voltar para o nada e as vezes penso que já estou no nada...
Eu olho pro céu, pela janela do banheiro, à noite e fico vendo aquela linha negra no horizonte pela qual despontará o sol no outro dia. Penso por quantas noites mais verei o sol como um carrasco, por quantas vezes mais meus dias seriam um deserto torturante.
Vou me deitar e olho pra minha irmã e não posso evitar a pergunta "até quando ela vai estar comigo ou eu estar com ela?" E tudo na minha vida se sufoca com perguntas tristes, pensamentos e divagações tristes que me dão a mais perfeita certeza de que a vida não pode ser boa...

sábado, 23 de julho de 2011

Só mais um blablablá...

Eu via um corpo caído no asfalto, de bruços, rosto voltado ao chão.
Um sol impiedosamente quente lhe queimava as costas nuas. O sofrimento parecia invisível com aquele estado inerte de mover somente as mãos.
Era o auge do calor, meio dia de castigo. O sol não parecia se importar, tão alheio em suas alturas. Também não havia quem passasse e percebesse o individuo caído ali. Aquela pessoa estava sozinha, fora do socorro de qualquer um.

Fique ali por horas, observando tudo aquilo sem conseguir me aproximar. Mal podia me mover, aquela visão era como hipnotismo para mim.

Me perguntava porque não levantar ou arrastar-se para a sombra. Sera tamanha exaustão?
Virei então meu rosto para  céu e o vi ficando escuro, as estrelas vinham aos milhares num passo apressado invadindo a escuridão, uma brisa gelada chocou-se contra meu corpo quente e me voltei novamente para o corpo na estrada. Ele tremia. Não sei se de frio ou por outra coisa. Decidi considerar que fosse pelo choque térmico causado pelo abrupto e gélido anoitecer.

Notei então movimento, o corpo começou a se virar. A escuridão da noite pouco me deixava ver, apenas sabia que ele estava olhando as estrelas agora. Rosto na penumbra, voltado para cima. Não podia ver nitidamente sua face mas sabia que ele estava olhando para cima. Visão aquela que também me convidava, não, que me enfeitiçava e me atraía.

Era um convite mudo ou uma inveja minha? Era tão alto, tão bonito longe do meu chão.
Pensei em gritar para as estrelas, elas estavam tão longe... Tive inveja delas, tive pena daquele caído ali. Meus olhos marejavam mas as lágrimas não desciam.

A noite era mais longa do que o dia e mesmo assim eu não saberia dizer qual tortura era maior, se o escaldo do sol ou o frio arrastado da escuridão. Ambos me traziam grande sentimento de inveja, sim, verdadeira inveja. Inveja do sol, tão alto e forte, inveja das estrelas tão fora dali. Todos habitavam fora do meu mundo, essa era a minha maior inveja: estar fora dali.

Suspirei profundamente e o ar entrou ferindo meus pulmões com sua baixa temperatura. Eu o aperei dentro do peito, o impedi de sair. Meu desejo era não mais respirar aquilo ali. E perdida eu olhei em volta e a unica coisa que via era uma estrada vazia. Não havia mais corpo, não havia nada. E no céu inaudível existiam as estrelas. Eu existia tão inaudível quanto elas. Existia e não vivia. O ar preso em meus pulmões rompeu minha garganta num triste soluço. Um soluço de choro que não ia sair.

Eu deitei na estrada, senti o sol vir nascendo lentamente esquentando minhas costas. Me deixei ficar ali só sentindo seu calor me castigar. EXISTO por mais um dia.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

"Blogagem mais feliz"

Faz tempo que eu não escrevo nada, passei uns dias bem difíceis, pensei em me matar... É bobo para mim pensar nisso agora, mas eu realmente pensei nessa possibilidade. 

Considero essa a minha "blogagem mais feliz". 
Não, eu não estou bem. Estou normal. Depois de tanto sacolejo eu me contento em parar fixa no lugar. 
Sabe quando você tem uma dor, qualquer dor, de dente, de ouvido, cólica renal, intestinal, qualquer uma sabe? Ela persiste por muitos dias e você passa a ter saudade da sua saúde, saudade de não sentir dor. Eu tive tanto dessa saudade, minha cabeça doía mas de uma forma atormentadora. Que dias eu vivi, que dias... Só eu sei o aperto que passei. 

Hoje a minha "dor de dente" ficou fraquinha, hoje eu estou me lembrando um pouquinho de como é não sentir dor. 

Eu me sinto feliz. Eu me considero feliz. Estou realmente contente e isso pra mim é ótimo. 
Eu sei que amanha tudo pode mudar e eu posso acordar péssima de novo, ou até mesmo hoje, em uma hora ou 30 minutos pode ser aberta novamente aquela janela e todo o horror vai entrar em vento na minha vida e causar mais estragos mas enquanto ela se fecha eu simplesmente comemoro a minha rara e pequena paz.



quinta-feira, 23 de junho de 2011

Lição de vida?

Segue o meu curso de longa temporada
Cada dia é uma lição dada
Aprender eu não tenho certeza
Mas as matérias estão sobre a minha mesa

Uma prova por vez
Me disponho a passar
Ganho nota vermelha
Volto a estudar

Que diploma é esse
Que a vida quer me dar
Me apertando e me torcendo
Tentando me esmagar?

Pego o lápis e a caneta
Prova longa e tempo curto
Mente não fixa a matéria
Quase tenho um surto

Outras vezes, menos sorte
Tenho vertigem e me falta o ar
Mais um dia nessa escola sem portas
Mais um dia sem poder escapar

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Suicídio

"A vida é uma droga!"
Quem nunca disse isso atire a primeira pedra.
Acordar e viver cada dia era uma tortura, era uma tortura... Eu não sabia mais, não sabia menos, não sabia nada. Era como um abraço que nunca soltava e em curtos intervalos eu podia sentir aqueles braços me apertando, me espremendo e esmagando mais e mais.
As vezes eu rezava para as coisas não piorarem, só não piorarem. Eu não conseguia pedir pra melhorar, eu não sei se já tinha dado como um castigo aceito, só não piore por favor.
Eu estava com tanto medo e estava sozinha, começava a ver a morte como uma saída bem vinda.
Era peso demais, doía... Eu não quero mais, não aguento mais isso e estava piorando. Como vou aguentar? Como vou aguentar? Como...?

Estava pondo a vida em uma balança... Quanto mais? Quanto até eu desistir?
Talvez fosse só uma questão de tempo. Estou perdida, a vida pesa e como pesa...
Não pode piorar, não pode! Eu não vou aguentar.





Muita gente escolhe essa saída, acho que ela é a única. Se eu não voltar mais a blogar é porque eu acabei entrando por essa porta. Não, ninguém entra por ela, somos puxados, é como um ímã. Você se torce e se segura o quanto pode mas minhas mãos estão esfoladas, o sangue faz escorregar. Meu rastro vermelho deixado não é nem a sombra do meu cansaço, só eu sei.... Não é isso que eu quero mas estou sendo tragada... Não é uma escolha, não é.


Eu não sou mais eu, eu não sou mais nada. Vagueia a minha alma cansada, lambe suas feridas, Leva mais pedradas. Um circulo, Hachiko*. Era o infinito, até meu sangue acabar de escorrer por entre meus dedos...



*Oito em japonês.

sábado, 11 de junho de 2011

Não era pra ser poesia, no entanto... O que sai é o que fica

Meu corpo é um brinquedo
Minha mente é uma criança
Meus pensamentos são travessos
Minha vida é uma dança

São todos fios de uma cabeça
Amontoados no mesmo lugar
Numa puxada eu os arranco
A dor é alivio de incomodar

Soluça e chora a minha criança
Gargalha e ri sem se importar
Dois lados distintos mas tão iguais
Resumi-se tudo num amargo brincar

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Algo que eu ganhei

Lá estava ela diante de mim passando por algo similar ao que eu sentia. Eu não sou de menosprezar o sofrimento de ninguém, ela estava tendo um caso isolado de nervosismo, estava com aquela agonia, aquele aperto na cabeça. Eu sentia uma peninha dela, não desejo que ela sinta o que eu sinto, é um péssimo jeito de se fazer entender. Ali nela estava estampada claramente a imagem que eu tanto odiava ver em mim, toda aquela fragilidade e fraqueza de um ser humano diante de sua mente.

Eu não sei, eu penso coisas. De certa forma sou um ser humano melhor depois dessa doença. Eu aprendi a suportar essas coisas, é preciso bem mais pra me derrubar hoje em dia. Eu aprendi... Eu via ela ali na minha frente se contorcendo, rolando, tão inquieta e eu sentindo a mesma coisa que ela desde que o dia raiou e não estava tão mal.
Eu não estou dizendo que ela é fraca, não é, isso pesa mesmo mas o que eu quero dizer é que com o tempo você ganha forças, amadurece, a situação faz você crescer.

Hoje em dia eu tenho a maturidade de passar por isso de forma mais tranquila, meu corpo se habituou à certas coisas, não é uma dádiva divina mas é algo que me ajuda.

Sabe eu abominei esse transtorno depressivo causado pela SP por dois motivos que eu, simplesmente, não aceitava. Eu olhava pra mim no meio dessas crises, cada vez mais constantes, e minha imagem era fraca, era boba. Isso me era inaceitável!

O choro pra mim sempre foi algo de parecer inútil. Sabe aquela pessoa que não chorava desde a infância? Essa era eu. Um caprixo do destino e eu fui levada escrava para uma terra onde se paga com lágrimas a forçada estadia.

Engraçado, sim eu chorei, a primeira lágrima me desceu muito quente queimou meus olhos, os fez arder. Eu me lembro de toda a agunia, de me achar tão fraca enquanto sentia o gosto salgar a minha boca.  Eu me senti tão boba, tão fraca nesse dia... E hoje eu vejo que uma pessoa fraca não aguenta essas coisas. Talvez não seja fraqueza, é como forjar uma espada derretendo e moldando o ferro quente. É uma fase bem trabalhosa para garantir a força e execução daquele estrumento.

Eu não sou forte, mas eu aprendi uma coisa, hoje sou menos fraca.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Confusa demais

Eu tinha todo um universo na minha cabeça. Pensamentos se esbarravam disputando um lugar nas minhas atenções. Toda uma confusão desordenada causando uma grande angustia, puxando aos poucos minha tomada, me deixando alheia a tudo que se passava.
Era um fechar de olhos mesmo os mantendo abertos. Era uma cegueira que tudo via, mas embassado, misturado. Era um ver sem entender.

Os dias iam e viam e para mim eram sempre os mesmos. Eu suportava a vivência naquele mundo de rotina tão dura.
As coisas eram tantas que se embolavam e se traduziam em nada. Era todo um peso invisível que ninguém via que eu levava.

As vezes eu queria ter apenas alguém que enxergasse a minha dor, assim eu não pareceria tão fraca em levar de joelhos algo que ninguém enxergava.
E mesmo querendo traduzir tudo que sinto em palavras eu vejo que saem turvas e ofuscadas e sei que poucos vão entender meu desespero.
É minha busca solitária por alguém que me entenda, alguém fora de mim que possa ver as minhas amarras, as correntes que me pesam, que deixam meu corpo curvado.

Algo assim parece tão ilusório, sinto que minha mente se torce como a de um louco. A verdade é que já não sei bem separar. Meus momentos de sanidade estão cada vez mais raros. Estou me habituando a minha condição de escrava, as correntes que cortão meus pulsos não me incomodam tanto. É como se já fizessem parte de mim, como um corpo que sofreu mutação.

Ninguém quer parecer louco, a loucura é muito pejorativa mas ela está em mim e seria hipocrisia não admitir que eu, como humana, não posso ceder a ela.
Longo suspriro... Aqui eu me fecho, chega de cuspir meus pedaços nessas páginas. Já me cansei, não quero deixar a ti nauseado com meus embalos de barco em alto mar. Essa é uma postagem que eu queria nunca ter escrito...

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Meu berço, meu embalo

E finalmente me entreguei nos braços do sono, metamorfei para este ser dormente que lacra seus olhos de dia e de noite. Entre minhas idas e vindas ao mundo dos que vivem me perguntam porque não saio da cama, porque estou dormindo tanto. Tropeço nas palavras, as engulo, não saem. Faço um gesto de cabeça negando qualquer coisa e volto a dormir.

Eu não sinto nada, dormir é tão mais fácil. Não estava suportando mais ficar acordada.
Lá me vou eu engolindo todo comprimido que posso, me jogando no vento e deixando ele me embalar.
Simples saída, quase um suicídio, é um desistir de viver.
Em minha contagem faltam 16 dias para visitar o médico novamente. Vou me deixar ninar por esse tempo, não tenho forças pra essa batalha de espadas afiadas.

Lá vou eu meus amigos pro meu mundo fechado, pro meu berço trancado, pro meu sono pesado.
Aos que se mantem acordados desejo toda sorte e força do mundo para aguentarem esse carma arrastado no qual ja esfolei tanto meus joelhos.

sábado, 4 de junho de 2011

Mais uma estupidez humana

Estamos tendo aquela conversa, ela quer saber o que eu tenho mas eu não sei o que dizer.
É muito inteligente essa ferramenta do Blog de auto salvamento. O que tem isso a ver com a conversa? Não é incrível a facilidade que temos de discorrer sobre qualquer assunto banal e quando precisamos fazer algo como dizer o que se passa conosco não conseguimos. Ser humano é mesmo ser besta sabe --.

Nota de rodapé: 
Engraçado não é?O mesmo ser que inventou a energia elétrica, entendeu a teoria da relatividade, criou o automóvel e várias outras coisas é o mesmo que se orgulha de poder enfiar centenas de canudinhos na boca, de comer o maior número de baratas, de arrotar mais alto. Quanta vanglória inútil não é mesmo? Aff eu queria ter nascido cachorro que age como um ser subdesenvolvido porque é um --.

As coisas que não entendo

Ela me pergunta o tempo todo se estou bem, se eu disser como estou mesmo ela não vai entender.
Eu digo "estou bem, estou bem" como um verso cantado sempre tão repetido, as vezes me pergunto o que ela acha dessa resposta fingida. Eu sei que ela sabe que não estou bem e deve ser por isso que ela pergunta tanto mas ela não entende, ela não pode entender.

Estou tão enjoado, não sei se é náusea da vida ou de doença mesmo. Talvez seja o tempo sem comer, estranho eu não sinto fome. Eu me sinto saciado, como quem comeu demais, um exagero nessa vida. Talvez seja isso, eu não preciso comer mais, estou cheio pela vida que me resta.

Está tão frio, é tudo gelado. Ando sentindo uns arrepios que se repetem sempre na hora de dormir. Sabe quando alguém assopra seu pescoço e você sente aquela coisa levantar seus cabelos do corpo? É isso que eu sinto só que não é um só, um após outro e demora muitos minutos até passar ou eu pego no sono mesmo com ele.

Engraçado como me sinto sozinha e sinto mais vontade ainda de ficar assim. Agora, no presente momento, eu não quero conversar com ninguém além de mim mesma. Minhas irmãs passaram por aqui, me disseram algumas coisas, eu não contribui para a conversa, não consegui me focar nas palavras. Meu humor está péssimo. Minha mãe falou coisas comigo também, não me lembro o que só me lembro de ter pedido um chá para cortar o enjoou. Sim, sim foi somente isso que falei.

Estou bem, enjoada, com frio e achando a solidão engraçada. É um belo ponto interrogativo essa minha cabeça.

Almoçando

A gente é o que a gente pensa. Eu sou de extremos ou penso demais ou não penso em coisa alguma esse segundo é o que eu gosto de chamar de "meu estado alienígena"(eu me porto como um toco oco de árvore).

Hoje eu estava sentada observando meu almoço, eu ando com muito tempo pra observar a comida já que não consigo come-la. A comida anda com um gosto estranho, não é agradável comer e não tenho mesmo vontade de consumi-la mas, enfim eu à estava observando hoje e a carne me fez pensar em muita coisa, o que pode ser somente abobrinhas mas, considere que não estou em um estado muito lúcido.

Podem ser meros pensamentos vegetarianos, eu não sou vegetariana, mas aquele pequeno pedacinho de carne assada me fez pensar em toda a vida daquele ser que estava, agora, morto em meu prato. Aquele ser nasceu, viveu, teve sentimentos, momentos felizes e tristes, deve ter temido a morte também quando chegou sua hora. Sabe a carne bovina precisa ser cultivada por alguns anos até o abate, foi uma vida sacrificada para que eu pudesse rejeita-la ali naquele momento, aquela aparência suculenta e saborosa em mim não despertava o mínimo desejo, isso porque eu não como "comida saudável" há uns três dias(estou vivendo de biscoitos e água, é tudo que consigo comer).
Eu tenho fome mas comer é estranho, não me da prazer, não me dá vontade, comer é... dispensável.

Pois bem, onde eu estava? Discorrendo sobre a carne... Estranho, perdi a vontade.


"Para dar lucro o boi deve ser abatido com 794 dias"



quarta-feira, 1 de junho de 2011

Universo unilateral

É difícil entender o universo onde vive uma pessoa deprimida. Digo isso porque para quem não vive isso a concepção de depressão é a simples tristeza.
Ah quem me dera estar somente triste. Dizem e tem razão, essa chamada e simples tristeza é aquela que passa se você se esforçar, é um mero sentimento humano, fácil definir, fácil explicar. Mas depressão não é isso. Não há definição pra tal coisa. Quem não tem não entende, acha bobeira da pessoa, uma frescura ou idiotice qualquer.
Se você tem depressão com certeza você ouviu ou ouvirá frases como "sai logo dessa cama" ou "se anima logo e pára de frescura" ou ainda pior "você está assim porque quer". Você que sente me entende não é? É desanimador ouvir essas coisas, a gente conta o que sente querendo ajuda e ouve essas coisas. Você pode sentir um pouco de raiva mas logo vai cansar disso, acredite em mim.

O universo de um depressivo é assim, não pode ser visto de fora. É recoberto por uma camada unilateral que só pode ser vista de dentro. Não fique curioso se você não entende, eu tenho muita inveja de não poder ver. Um dia eu vi esse mundo de fora, seus contornos apáticos me pareceram tolos, eu me perguntava porque as pessoas se mantinham ali ao invés de fugirem pra outro lugar mais bonito. Agora eu sei que aquilo nada mais é do que uma gaiola disfarçada, um cativeiro selvagem que tudo devora. Nesse universo em que poucos caminham de pé, a maioria se arrasta ou nem mesmo se move e ninguém tem respostas. Poucos são os capazes de se porem de pé e pouquíssimos são aqueles que conseguem continuar assim.
Não há bobos nesse mundo e nem fracos. Uma pessoa fraca não sobreviveria um só dia nesse nosso universo.

Aqui onde o ar é rarefeito encher os pulmões é um rasgo na alma. O grande problema dos caídos é lutar contra a dificuldade de respirar. A dor nos ossos, as tremedeiras. Nossos bálsamos comprados em farmácias arrancam de nós nossa vontade de viver, de fazer coisas. É como sentar-se de frente para uma janela e ver a vida passar. É rezar e pedir com a alma pra ter forças pra sair daquilo tudo. É estar de joelhos com uma faca na mão... É uma saída que abraças a muitos já que não há portas =/

Não sei se adianta grandes coisas eu escrever tudo isso, cá estou eu uma enjaulada emudecida. Apenas palavras digitadas. Mas se te fizer tentar nos entender já basta.
Eu abro a minha janela do medo nessas postagens, aqui eu desembalo meus sofreres que para os que me cercam parecem tão bobos e tão fáceis de solucionar. Aqui é onde eu digo para mim mesma que, mesmo falando sozinha, alguém vai me escutar.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Desespero



Quase tive um ataque a toa... O enfermeiro não foi, a doença pode esperar, deve poder esperar...
O mundo é tão irreal, as coisas estão distantes, estou a um passo (à frente) do desespero.
Em momentos como o de agora é que me pego pensando como ainda não pirei completamente, a loucura não bate e sim esmurra a minha porta com violência. Ok... de que me vale pensar nisso? De nada! Nada vale de nada!
Estou sim muito decepcionada, ah quem me dera se meu problema fosse só a decepção. É tudo tão lento, embaçado, distante... Como um mundo afundando dentro de mim. Estou com RAIVA!
Se eu fosse rica, montada na grana teria o melhor especialista do mundo no entanto tudo que eu queria agora era qualquer um, qualquer ajuda e não tenho. Ninguém pode me ajudar, que droga! Eu não quero mais levar isso sozinha, eu não quero!
Sinto vontade de jogar a toalha, ah mas que se dane não é mesmo? Do que isso ia adiantar? Que merda!
Eu poderia quebrar a casa, cortar os pulsos, sair gritando por ai, nesse desespero que me dá qualquer coisa é aceitável.

Como é atraente a idéia de me provocar dor. E por que não? Talvez assim eu volte pro mundo real.
Estou voando? Onde estou? De nada mais tenho noção. Tudo que mais quero é que esse momento passe como os outros passaram. Eu tenho tantas saudades dos meus dias antes disso tudo. Talvez fossem apenas um sonho meu e essa sim seja a realidade para a qual eu despertei.

Eu preciso de ajuda, eu preciso me ajudar, que droga!
Eu não sinto nada, nem meus dedos tocando o teclado. Na verdade me pergunto agora mesmo se realmente digito todas essas coisas. Não estarei eu sonhando? Tendo uma alucinação? Talvez...
Não seria a primeira e não sou inocente a ponto de acreditar que seja a ultima...
Estou tão cansada...

Como eu detesto dormir! Ah como detesto... É meu único socorro, uma faca com seus dois cortes. Só dormir... Se eu dormir não sofro, se eu dormir não vivo... Minha angustia é não poder ficar acordado, meu desejo é que meu sono não seja minha unica saída...

Estou tão cansada... Não tenho mais raiva, cansei-me dela. Sentimento ingrato...
Enfim... Eu vou para meu refugio agora, preciso descansar, estou cansada e vou dormir outra vez...

Mais um escape

Hoje vou ao médico de novo, sempre fico nervosa quando vou ao médico, sempre fico nervosa quando saio de casa o.o
Até porque não é agradável sair de casa tendo vontade de nada. Vontade de nada é uma coisa rara não é mesmo? afinal, nada é coisa nenhuma em absoluto, nada é nada mesmo.
Que saco não é?

O carinha que passa meus calmantes (não chamo de médico porque ele é só um enfermeiro, não há muitos médicos nesse hospital que eu vou, parabéns ao nosso governo) bom... ele quer me mandar para um neurologista hoje, vão me avaliar porque o Amytril não está me ajudando muito esses dias...
Remedinho mais filho da mãe esse heim --.

Ele evita meus ataques de pânico então não é totalmente inútil, infelizmente os efeitos colaterais dele estão fazendo da minha vida um inferno. Minha libido está em quase zero, estou vivendo sem ser notada pelo mundo. Dormir é meu bálsamo e também é minha maldição. Digo isso pois apenas dormindo eu tenho paz mas enquanto acordado meu único desejo que permanece vivo é o de voltar a dormir.

Eu tenho vontade de ficar acordada, não sei explicar é tudo muito contraditório, penso que é algo muito diferente "você querer" e "você conseguir". Eu quero viver, eu quero sair, quero fazer coisas como antes e no entanto não tenho vontade suficiente nem pra me levantar da cama em alguns dias... Talvez pra você eu pareça uma pessoa fraca, uma pessoa boba, você não entende. Eu não entendia antes, mas quando você vive  entende que a pessoa não é fraca ou boba mas o fardo é pesado demais, é lutar contra algo que ninguém vê, ninguém te entende, você não tem à quem pedir ajuda, você não liga, se fecha, se esconde, solidão é o que te sobra.
Mas eu não quero que ninguém entenda, quero apenas me livrar disso. Vou ver se descolo um psiquiatra hoje, não sei muito bem como, mas acho que ele me ajudará melhor do que um neurologista. Só espero que as coisas não piorem tanto nos próximos dias.

Meu objetivo com esse Blog era um tópico por dia, no entanto...
É difícil pensar, nos meus momentos de sanidade é que desembalo a correr numa tentativa de escapar da loucura que me faz cativa e assim cuspo pra fora essas poucas palavras embrulhadas tão fundo dentro de mim.

Não há ajuda, estou sozinha nessa, esse é um pequeno momento. Eu precisava dizer à alguém que estou nervosa com a consulta hoje, estou dizendo para à unica pessoa que pode me entender e não me achar boba ou fraca: EU.

terça-feira, 24 de maio de 2011

(...)

Longo tempo sem postar.. Dias terríveis, sufocados. Não tenho vontades, nenhuma delas. Coisa esquisita, será que estou enlouquecendo? É tudo tão sem sentido e sem importância..
Estou sentindo uma certa aceitação, faz tanto tempo que esqueci o gosto que a vida tem..
Só frases cortadas, nem meus pensamentos estão inteiros e isso é só mais um incomodo. Essa roupa de ferro que estou vestindo me pesa, me cansa, me aperta e me causa tanto incomodo mas como arrancá-la?
Estou me arrastando nessa marcha solitária, buscando a inconsistência. Onde está a lógica de tudo isso? Com quantas gotas de suor pagarei a devolução da minha razão?
O ser busca a razão mas a própria não existe. Talvez isso confirme a solidez da loucura, algo que não se busca mas existe e nós acha. Onde haverá esconderijo? Ah como eu gostaria de saber!




quarta-feira, 18 de maio de 2011

Desanimo

Eu fui exatamente o tipo de pessoa que eu queria ser. Se na vida houvesse um caminho certo eu estava nele mas em algum momento eu me perdi e comecei a caminhar a esmo...
É tudo tão vazio, eu estou tão vazia... Não tenho vontade nem mesmo de escrever mais nessa droga de Blog. Eu sinto dor mas não é esse meu maior incomodo, eu queria saber se isso um dia vai passar.
Fico pensando que, talvez, dependesse de mim essa mudança. Mas me diga como você vai pedir a um paraplégico pra subir uma escada? Eu tenho pernas boas, pode ser que não seja o melhor exemplo. Você não entende mas é como me sinto. Parece que algo me suga as forças, eu não tenho animo, eu não posso andar... Como vou voltar pro meu caminho?
=/

terça-feira, 17 de maio de 2011

Definção de "Nada"

"Nada" é a ausência de qualquer coisa.
O "nada" existe? Se existir ele deixa de ser "nada"?
O que não é "nada" seria o que então?

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Bipolar?

Hoje o dia foi mais tranqüilo, eu considero um presente gracioso não ter tido vontade de fugir rasgando o próprio corpo. Não que eu não tenha passado mal, apenas passei menos mal que os outros dias.
Essa onda de irritação que está sobre mim nesse momento me preocupa. Estou muito agitado, meu humor oscila, me torno agressivo e arredio. Justo essa hora pela qual eu esperei ansioso o dia todo...
É complicado jogar em cima de quem você ama uma coisa que você mesmo não queria levar. Sinto ódio de mim por fazer isso, é incontrolável, é medonho!
Me dá mais raiva pensar.

Eu juro que quero fazer diferente, eu juro, mas não sou eu nessas horas. Talvez eu esteja ficando louco mas tenho a firme sensação de ter meu corpo emprestado por alguém nessas horas.









Essa é a hora, ela está aqui. É reconfortante saber que ela está aqui, que posso contar com ela, só tenho medo de machucá-la...

domingo, 15 de maio de 2011

Tudo lento e retorcido

Toda a minha realidade estava desmoronando e eu começava a entrar em pânico. O mundo era lento, eu perdia gradualmente o tato sobre as coisas, cada vez mais ia tudo ficando distante. Eu somente me perguntava se haveria volta daquele mundo irreal para o qual eu estava sendo puxada, tudo indo tão lento, sem sentido, um arraste sobre um asfalto gélido... Nada podia fazer pra impedir aquilo, interiormente suplicava para que aquilo terminasse logo e aguentava firme com uma esperança quase morta de conseguir suportar aquilo até um final que eu nem ao menos tinha certeza de existir. Tudo tão retorcido, o teclado sobre o meu colo com as letras embaralhadas me causavam grande vertigem. Tudo tão lento, palavra após palavra e parecia-me ainda não ter escrevido nada.
Que luta era aquela na qual eu havia me enfiado? Como podia alguém enfrentar um campo de de batalha contra um inimigo invisivel que te atordoava?
Mente vazia, mãos desarmadas, suor escorrendo na testa pelo esforço de se focar.
Era um desespero solitário, um grito de socorro mudo, palavras mudas...
Não existia nada, e mesmo o meu desabafo tão confuso ia deixando a minha mente que se esvaziava tornando todo aquele turbilhão em nada.

sábado, 14 de maio de 2011

A vida é mesmo engraçada...

Como seria se no circo o palhaço fizesse cada espectador chorar? Se ao invés do som doce e gostoso das gargalhadas o que fosse ouvido seria como um rio de lágrimas, pobre lamento de quem assiste de maneira inevitavel suas "tristes palhaçadas"?
Assim é viver nesse mundo, uma eterna palhaçada. Não aquela gostosa de se ver, pelo menos não para nós, os pobres caminhantes dessa terra.
Não é engraçado que enquanto você sofre por ter perdido o seu melhor e unico amigo num acidente fatal, naquele mesmo instante alguém está sorrindo por ter conseguido um carro novo, algo tão banal?Não é engraçado que enquanto você chora e se lamenta dizendo que sua vida é uma merda pelo simples fato de ter tido uma briguinha com sua namorada(o) alguém está lutando contra a morte num quarto de hospital querendo ter a metade da saúde de merda que você tem?

Eu me julgo, nesse instante, simples incapaz de reclamar da minha vida diante do fato que vou narrar agora. Eu que não consigo mais levar uma vida normal há algum tempo, eu que passo mal todos os dias e todas as noites, eu que me sinto apertada a toda instante sendo sufacada por uma coisa contra a qual não posso lutar, eu que tenho um "simples" disturbio ansioso se comparado com a vida de pessoas que sofrem com uma doença chamada Neurofibromatosis ou NF. Sabe o que é isso? Eu vou explicar, rapido e simples, é uma doença que faz crescer tumores pelo seu corpo como essas pessoas das fotos abaixo.






Legal você achar sua vida ruim... E se você passasse sua infancia sofrendo cirurgias doloridissimas somando-se a todo o sofrimento fisico ainda ter que encarar a sociedade com chacotas, maus tratos, atitudes e olhares zombeiros? Ninguém escolhe ser quem é então por que condenamos? Imagine uma criança com essa aparencia na escola.




Agora me diga se a vida não é engraçada.