Aos mergulhados no mundo vermelho

Aos mergulhados no mundo vermelho
Sejam bem vindos ao centro da minha alma

domingo, 15 de maio de 2011

Tudo lento e retorcido

Toda a minha realidade estava desmoronando e eu começava a entrar em pânico. O mundo era lento, eu perdia gradualmente o tato sobre as coisas, cada vez mais ia tudo ficando distante. Eu somente me perguntava se haveria volta daquele mundo irreal para o qual eu estava sendo puxada, tudo indo tão lento, sem sentido, um arraste sobre um asfalto gélido... Nada podia fazer pra impedir aquilo, interiormente suplicava para que aquilo terminasse logo e aguentava firme com uma esperança quase morta de conseguir suportar aquilo até um final que eu nem ao menos tinha certeza de existir. Tudo tão retorcido, o teclado sobre o meu colo com as letras embaralhadas me causavam grande vertigem. Tudo tão lento, palavra após palavra e parecia-me ainda não ter escrevido nada.
Que luta era aquela na qual eu havia me enfiado? Como podia alguém enfrentar um campo de de batalha contra um inimigo invisivel que te atordoava?
Mente vazia, mãos desarmadas, suor escorrendo na testa pelo esforço de se focar.
Era um desespero solitário, um grito de socorro mudo, palavras mudas...
Não existia nada, e mesmo o meu desabafo tão confuso ia deixando a minha mente que se esvaziava tornando todo aquele turbilhão em nada.

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