Aos mergulhados no mundo vermelho

Aos mergulhados no mundo vermelho
Sejam bem vindos ao centro da minha alma

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Hoje... Sozinha por opção

Existe diálogofobia? Eu acho que sofro desse mal.
Odeio cada vez mais conversar com as pessoas. Palavras inúteis de mentes egoístas e/ou quadradas. Aff, me cansa. Não sei, me sobe uma agunia, me é doloroso manter uma conversa por longo tempo. Com minha família estou me limitando a "aham's" e "não's", esse tipo de resposta curta.
Eu não quero conversar, eu quero ficar sozinha e pensar sozinha. Odeio as pessoas.

Eu

Eu era um ser para a ciência estudar. Sou toda revestida de uma camada de escamas finas, uma pancada faz rompe-las com facilidade. Era todo meu corpo de cascas e por dentro eu era só feridas.

sábado, 20 de agosto de 2011

Terceira visita ao psicólogo

Ele me encaminhou para a drª Rosa e ela me passou Rivotril e Amytril.
Me sinto um pouco melhor. Quase não posto mais, peguei nojo do pc. Não sei porque...

terça-feira, 9 de agosto de 2011

O valor de uma palavra

O que seduzia os homens para a morte?
Estou proibida de pensar sobre coisas essa semana.
Será que posso ao menos pensar em onde procurar esse meu botão de desligar?

Um ser miserável, o que fazia de um ser miserável? Desconfio que seja a solidão. Não a solidão de estar sozinho mas sim a solidão de não poder deixar de ser sozinho.

O que eu era? Sou toda sentimentos? Detesto sentimentos! Como nos tornam fracos e quebráveis em suas mãos acolchoadas.

Tem duas frases que me vieram a cabeça hoje e eu não queria esquecer.
Pus-lhas em meu celular. Não vou por aqui, me sinto egoísta agora, elas são só minhas.

Minhas palavras são meus diamantes extraídos de milhões de anos sobre o calor do sub-solo. Por que devo eu dividir se somente eu sofri para gerá-las?
Palavras geradas sob o calor... Palavras escritas com água secam ao vento, o vento está lá fora. Aqui é seguro, aqui tudo é vazio.

Minha vida é um engasgar de comprimidos que tornam meus dias aceitáveis somente ao ponto de me dissuadir da atração do fim da vida. Eu taxo como minha "meia-vida". Sim, é isso. É minha metade de folego.

Tudo tão desanimador... Aiaiai...

Eu quero que amanhã seja diferente de hoje. Que o dia siga seu curso e me leve com ele, sem me assustar com o vento nem me prender em seu carcere. Quero ver o relógio andar, que meus minutos não me ralem os joelhos no asfalto quente do meio dia.

Não sequem palavras, que Deus nos proteja desse vento.

Uma frase que diz tudo

"O tempo não pára".
Mas as vezes as pessoas paravam no tempo.

O tempo, esse ser sem forma, assustador e dono de tudo toma emprestado, em muitas pinturas, a forma de um relógio.

A pessoa parada no tempo, eu. Me pergunto se meu relógio quebrou ou se apenas me prega uma peça.
Zombaria sim, é um relógio de circo, palhaço, tem seus ponteiros virados ao contrario. Não é uma exata marcação de horas, minutos ou segundos. Seus números misturados fazem dele o dono da minha vida.

Como entender? Meu psicologo disse para eu não pensar e sim sentir. Ele não me ensinou-me tal façanha mas estou tentando. "O tempo não pára"... grande Cazuza...

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Sentir mais

Como eu me sinto? Eu tinha que sentir mais e pensar menos.
Eu me sinto sozinha, sem paz, sem vontade, sem objetivos, frustrada, triste, irritada.
Muito desânimo. Meus sonhos foram ceifados antes de darem broto.
Besteira, odeio esse blog.

¬¬

Ok, ai está como me sinto agora. Fiz minha parte.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Ao meu amor que está dormindo do meu lado =]

Ah amor, se você soubesse como me sinto te ouvindo respirar... Você é quem sempre me protege, quem sempre cuida de mim mas dormindo você é tão frágil, é a pessoa mais linda do mundo =]
Deitada do teu lado meus problemas parecem pequenos. Só você me faz sentir essa paz que é tão ausente em mim.
Você traz de volta meus sonhos, minhas esperanças, alegrias e, principalmente, a vontade, muita vontade de estar sempre do ladinho de você.
Sei que você não vai ler isso mas sei que você sabe a importância que tem na minha vida.
Você é a contradição de tudo que a vida me diz, são quase dois anos com você aguentando meus pitis e mesmo assim você nunca me nega as palavras "isso vai passar logo".  Eu acredito em você.
Eu te amo e obrigado por não me deixar sozinha aqui.


Confusão na minha cabeça

Besteira, eu penso, mas e se?
Ahh eu não sei, será?
Preocupo-me...

E se eu não me encaixar mais?
E se for um mal irreparável?
E se ninguém me entender?
E se ninguém conseguir me amparar?

Será que as coisas vão mudar?
Será que isso passa?
Será que dessa vez vou sair dessa vala?
Será que não vou estar mais tão sozinha?

Preocupo-me com o amanhã.
Preocupo-me com o vento lá fora.
Preocupo-me quando você está fora de casa.
Preocupo-me com o medo de ter medo.

Mais sozinha...

Eu estava ficando obcecada por janelas.
Eu não tinha preferencia, qualquer uma me atraía.
Era só parar na frente dela e fechar os olhos, não precisava ter vista bonita ou feia, era só sentir o vento no meu rosto. Aquilo me dava um arrepio tão gostoso, era todo um sabor de liberdade que eu, realmente, não sei explicar.



Faz tanto tempo que não saio de casa, estou vivendo em cativeiro fechado e sem direito a visitas.
Não seria mais livre do lado de fora de minhas janelas. Não é a casa que me prende, minha mente é minha gaiola.
Sinto que perco aos poucos a habilidade de me relacionar com o mundo.
Minhas ideias mudaram, meus conceitos também. Eu dou uma importância totalmente diferente as coisas e isso me destoa do resto do mundo. Eu não penso mais "igual" então eu não penso "certo".

Um exemplo é que antes eu achava a loucura engraçada. Eu tenho um primo que é louco, "louco de pedra". Ele fazia coisas engraçadas quando era menor. Ele quebrava as coisas, gritava sem parar, se jogava no chão e nós, eu e meus outros primos, morríamos de rir.
Parecia-me legal rir de um louco. O que era um louco? Era uma chacota ou algo bobo?

A loucura é todo um sofrimento sem medidas.É algo enorme de não caber em mente alguma. É um estourar de cabeça que faz você se arrepender de ter vindo a este mundo. É uma facada em cada dedo, lenta e dolorosa que te faz querer morrer.

Isso eu penso hoje. Meus amigos não pensam igual. Não somente nesse assunto, em todos. Eu mudei, eu não me encaixo mais nesse mundinho de papel higiênico que eles tanto curtem. Eu vivo em um mundo vermelho, é a unica cor existente. Esse mundo tingiu meu corpo e agora sou rubro também. Como eu vou me lavar desse sangue e voltar a viver me encaixando na sociedade?