Aos mergulhados no mundo vermelho

Aos mergulhados no mundo vermelho
Sejam bem vindos ao centro da minha alma

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

E que se foda a vida.
A vida como eu vejo, tudo perdeu o colorido...
Eu fico olhando a vida passar e me dá um desespero, uma inquietação que me muta.
Só posso ficar aqui com meu silêncio à observar e invejar sorrisos de terceiros.

Aprendi...

Não estou viva se não estiver vivendo.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Só mais um

Mais um dia que acaba e eu não vivi.
Dessa vez eu fui derrotada pelo desanimo, dessa vez foi como todas as outras vezes.
Só mais um dia a menos para se viver.
Eu não devia reclamar mesmo, de tudo mereço e por tudo agradeço.


segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Stop?

Algum remédio anti monotonia?


Viver é ser artista.
Artista pra encenar os sorrisos que a vida pede.

Só mesmo fingindo é que sai o mais honesto dos sorrisos.

Eu penso que ando por ai arrastando duas pedras amarradas em cordas, eu as tenho presas firmemente em minhas mãos. Sinto minhas mãos coladas à elas e penso em como seria fácil apenas largas os dedos e me livrar de tudo isso que me pesa, que faz meu caminho tão pesado e tortuoso.

Eu penso também o porquê delas continuarem em minhas mãos se eu sei que devo largá-las.
Seria tão simples me livrar de tudo, tão fácil. No entanto...

Penso que sou mesmo boa artista, meio palhaça de circo, escondendo sempre minha dor atras de uma maquiagem de sorriso.

E se um dia no espetáculo chove e meu sorriso derrete?
Ai de mim o que vai ser? E se o meu sorriso derreter?


E eu conto o tempo e conto as horas e me agarro ao relógio esperando acontecer.

E quando viver dói? Ainda assim se vive?
E quando só você sabe por mais que você explique... A palhaçada continua todos os dias mesmo quando não há circo e nem razões para dar risadas.

Como se termina algo que não se iniciou?

Resposta?

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Eu não consigo

O que você faria no meu lugar? Você estaria vivo ainda no meu lugar?
As vezes eu penso como eu ainda não morri. O que me mantém respirando, porque viva eu não estou.
Todo mundo está nervoso aqui em casa, o ódio sangra pelas paredes e portas.


Minha cabeça é um campo de guerra. Cheira à pólvora, lama e sangue. Tem muitos barulhos, gritos de dor, gritos de raiva, gritos de medo. Tem muita morte, muitas dilacerações, muita covardia.
E tem a essência da guerra: a total falta de paz.


Minha família fede à urina podre.
Eu não sei mais viver nessa podridão.

Existiram dois caminhos desde o início: ficar e morrer ou ir e morrer.
Os dois davam no mesmo lugar sendo que um era mais cansativo que o outro...
Mas quem ligou se o final foi sempre o mesmo?

As vezes eu quero somente respirar e não consigo puxar o ar.
As vezes eu quero olhar o céu e não consigo levantar a cabeça.
As vezes quero desabafar e não consigo dizer uma palavra.
As vezes quero sair e não consigo não ter medo.
As vezes quero ficar com quem me faz bem e não consigo não machucar.
As vezes quero amar e não consigo não sentir raiva.
As vezes quero sentir carinho e não consigo receber.
Sempre quero sorrir mas não consigo mais ser feliz.