Aos mergulhados no mundo vermelho

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Sejam bem vindos ao centro da minha alma

sábado, 4 de junho de 2011

As coisas que não entendo

Ela me pergunta o tempo todo se estou bem, se eu disser como estou mesmo ela não vai entender.
Eu digo "estou bem, estou bem" como um verso cantado sempre tão repetido, as vezes me pergunto o que ela acha dessa resposta fingida. Eu sei que ela sabe que não estou bem e deve ser por isso que ela pergunta tanto mas ela não entende, ela não pode entender.

Estou tão enjoado, não sei se é náusea da vida ou de doença mesmo. Talvez seja o tempo sem comer, estranho eu não sinto fome. Eu me sinto saciado, como quem comeu demais, um exagero nessa vida. Talvez seja isso, eu não preciso comer mais, estou cheio pela vida que me resta.

Está tão frio, é tudo gelado. Ando sentindo uns arrepios que se repetem sempre na hora de dormir. Sabe quando alguém assopra seu pescoço e você sente aquela coisa levantar seus cabelos do corpo? É isso que eu sinto só que não é um só, um após outro e demora muitos minutos até passar ou eu pego no sono mesmo com ele.

Engraçado como me sinto sozinha e sinto mais vontade ainda de ficar assim. Agora, no presente momento, eu não quero conversar com ninguém além de mim mesma. Minhas irmãs passaram por aqui, me disseram algumas coisas, eu não contribui para a conversa, não consegui me focar nas palavras. Meu humor está péssimo. Minha mãe falou coisas comigo também, não me lembro o que só me lembro de ter pedido um chá para cortar o enjoou. Sim, sim foi somente isso que falei.

Estou bem, enjoada, com frio e achando a solidão engraçada. É um belo ponto interrogativo essa minha cabeça.

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