Aos mergulhados no mundo vermelho

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Sejam bem vindos ao centro da minha alma

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Suicídio

"A vida é uma droga!"
Quem nunca disse isso atire a primeira pedra.
Acordar e viver cada dia era uma tortura, era uma tortura... Eu não sabia mais, não sabia menos, não sabia nada. Era como um abraço que nunca soltava e em curtos intervalos eu podia sentir aqueles braços me apertando, me espremendo e esmagando mais e mais.
As vezes eu rezava para as coisas não piorarem, só não piorarem. Eu não conseguia pedir pra melhorar, eu não sei se já tinha dado como um castigo aceito, só não piore por favor.
Eu estava com tanto medo e estava sozinha, começava a ver a morte como uma saída bem vinda.
Era peso demais, doía... Eu não quero mais, não aguento mais isso e estava piorando. Como vou aguentar? Como vou aguentar? Como...?

Estava pondo a vida em uma balança... Quanto mais? Quanto até eu desistir?
Talvez fosse só uma questão de tempo. Estou perdida, a vida pesa e como pesa...
Não pode piorar, não pode! Eu não vou aguentar.





Muita gente escolhe essa saída, acho que ela é a única. Se eu não voltar mais a blogar é porque eu acabei entrando por essa porta. Não, ninguém entra por ela, somos puxados, é como um ímã. Você se torce e se segura o quanto pode mas minhas mãos estão esfoladas, o sangue faz escorregar. Meu rastro vermelho deixado não é nem a sombra do meu cansaço, só eu sei.... Não é isso que eu quero mas estou sendo tragada... Não é uma escolha, não é.


Eu não sou mais eu, eu não sou mais nada. Vagueia a minha alma cansada, lambe suas feridas, Leva mais pedradas. Um circulo, Hachiko*. Era o infinito, até meu sangue acabar de escorrer por entre meus dedos...



*Oito em japonês.

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